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Crochê também é coisa de menino!

Imagem retirada de Pixabay.
29 de agosto de 2017

Quebrando as barreiras do preconceito e mostrando suas habilidades manuais, youtuber ensina artesanato aos seus espectadores!

Junior Silva é um garoto de 12 anos, que vive em Iaras, no interior de São Paulo. Cresceu observando sua avó e sua tia produzirem artes em crochê e aos 11 anos de idade começou a se interessar pela atividade, imitando-as em suas brincadeiras, como se também costurasse como elas. Um belo dia pediu que o ensinassem, de fato, para que pudesse acompanhá-las nas costuras. Em apenas um ano ele dominou as técnicas com bastante destreza e resolveu compartilhá-las pela internet.

Junior tem um canal no YouTube, onde posta seus vídeos, a fim de dividir com as pessoas um pouco do que aprendeu sobre o crochê. Entre outros, tapetes, corações, corujas e pontos básicos são apresentados passo-a-passo para transmitir seus conhecimentos ao público. Ele conta que se empolgou a partir do momento em que viu um tapete colorido feito por ele sendo curtido e compartilhado pelas redes sociais. Em entrevista ao jornal Estadão, ele diz:

“Crochê é uma arte bem bonita. Faço muitas coisas diferentes e coloridas”, diz o menino, que já ensinou alguns amigos e até a irmã Yasmin, de 9 anos. Embora tenha os seus fãs, há também quem o critique por acreditar que crochê não é coisa de criança, muito menos de menino. “No começo eu ficava chateado, mas agora não ligo. Eu levo na esportiva.”

Sua mãe, que também foi entrevistada, fez questão de frisar que, ainda que envolvido com o canal e com as produções em crochê, Junior leva uma vida normal, como a de qualquer outra criança de sua idade. Além disso, ela nos lembra da importância de se pensar nessa atividade como apenas uma das partes de sua rotina, não menos relevante que os estudos e o divertimento.

Nós, do Toda Criança Pode Aprender, também acreditamos que ampliar o repertório dos pequenos com práticas que envolvem o raciocínio, a arte, a coordenação motora, dentre outras categorias cognitivas, favorecem um desenvolvimento infantil saudável. Quebrar as barreiras de gênero ainda parece ser um trabalho a ser construído em sociedade, mas vale pensar, com esse exemplo, que quando o interesse em alguma coisa é genuíno e aplicado, constrói-se uma relação proveitosa e prazerosa com a aprendizagem, que independe de ser menino ou menina. Quando permitimos que as experimentações infantis sejam feitas em liberdade, elas descobrem possibilidades infinitas e circulam pelo mundo com maior consciência a respeito de si e do que as cerca.

Confira abaixo um dos vídeos que Junior gravou, ensinando algumas técnicas básicas do crochê:

Gostou? Conte-nos abaixo nos comentários o que pensa a respeito desse tema e do protagonismo infantil em ofícios como este!

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