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Investimento da América Latina na primeira Infância: é preciso muito mais!

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27 de abril de 2016

Banco Interamericano de Investimento (BID) publica estudo comprovando o baixo investimento dos países latino-americanos na primeira infância. Confira alguns dados aqui! 

Já se sabe que investir na primeira infância traz uma gama imensa de vantagens ao desenvolvimento de um país: reduz-se a taxa de mortalidade infantil; amplia-se as condições de desenvolvimento da criança; as aprendizagens e as possibilidades de aprender até os 3 anos de idade são muito maiores do que em outras etapas do desenvolvimento. Além disso, conforme já noticiamos aqui, cada dólar investido em programas de aprendizagem junto às crianças de baixa renda poderá resultar em retornos entre quatro e nove dólares para o país.

E poderíamos ampliar imensamente essa lista de vantagens. Porém, um estudo publicado em março pelo BID – intitulado “Os primeiros anos: o bem-estar infantil e o papel das políticas públicas” – aponta que o investimento feito pelos países da América Latina na primeira infância ainda é muito baixo, conforme indicam os números:

– o investimento em crianças até 5 anos é 3 vezes menor do que em crianças de 6 a 11 anos;

– o Brasil aparece em 2º lugar na lista, atrás do Chile;

– em 2012, o Brasil investiu US$ 641 por cada criança de até 5 anos, valor que equivale a cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e US$ 2.179 em crianças de 6 a 12 anos, cerca de 2,3% do PIB;

– O Chile, 1º colocado na lista dos países latino-americanos, no mesmo ano, investiu R$ 882 por criança até 5 anos (também 0,5% do PIB) e US$ 2.608 por criança entre 6 e 12 anos (1,7% do PIB nacional).

O estudo analisou investimentos que incluem educação, programas sociais, programas de orientação à família, transferências condicionadas de renda e benefícios em espécie. Ao final, “a publicação reconhece que houve melhoras nos últimos anos nas condições das crianças”. No Brasil, de 2004 a 2012 houve um aumento de 7%  em investimentos em saúde, educação e proteção social.

Porém, como também apresenta a publicação: “Apesar da expansão das alocações orçamentárias, os gastos para a infância ainda são insuficientes não só para financiar uma oferta adequada de serviços de alta qualidade, mas também para sustentar os elementos institucionais que garantem a qualidade, equidade e sustentabilidade.”

Importa, então, estarmos informados e cobrarmos cada vez mais saúde, educação, proteção e demais serviços de qualidade para a primeira infância.

Informações extraídas de agencia.brasil.ebc

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